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Mitos e verdades sobre a digitalização na indústria

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O uso de ferramentas digitais no setor já é uma tendência próxima de se consolidar; no entanto, ainda existem dúvidas sobre os impactos desse fenômeno

A transformação digital na indústria se refere ao uso de tecnologias digitais para melhorar a eficiência, produtividade, segurança, qualidade e gestão das operações industriais.

Dessa forma, as indústrias têm acesso a dados mais precisos e podem gerenciar melhor os seus recursos. Sendo assim, a implementação de tecnologias emergentes no setor permite, dentre outros benefícios, a automatização de processos e tarefas, reduzindo os custos de mão de obra e aumentando os lucros da empresa.

Um dos maiores expoentes do processo de digitalização da indústria no país é o ERP – software que centraliza a gestão e contribui para a otimização dos processos. 

Indo além dos sistemas de gestão e operação, outras tecnologias que são usadas para digitalizar a indústria incluem a computação em nuvem (cloud computing), inteligência artificial, internet das coisas (IoT), realidade virtual e até mesmo a impressão 3D.

O fato é que este processo tem um grande potencial para melhorar a eficiência e a competitividade da indústria e está rapidamente se tornando o caminho a seguir para o futuro, mesmo nos médios e pequenos negócios.  

Diante desse cenário, e como toda grande transformação causa um debate, considero necessário desmistificar alguns pontos sobre a digitalização no setor industrial

1. Custos altos e inacessíveis 

Isso não é uma verdade absoluta, pois o mercado de tecnologia dispõe de soluções para todos os portes, orçamentos e complexidade no negócio.

No caso das pequenas e médias indústrias, por exemplo, a alternativa do ERP para gestão da indústria via SaaS (Software as a Service ou Software como Serviço) é atrativa nesse sentido. Com baixos custos para assinar a licença e diferentes opções de pagamento, as indústrias podem dar um passo importante rumo à modernização.

Além disso, líderes e gestores não precisam se preocupar com a manutenção e atualização dos sistemas, uma vez que essa responsabilidade fica a cargo dos fornecedores do serviço na opção SaaS.

Portanto, indústrias que desejam aumentar os resultados das operações podem adquirir sistemas modernos atualizados constantemente sem dispender de grande orçamento, comprometendo o fluxo de caixa. 

2. Armazenar dados em nuvem é seguro 

Fato. O armazenamento de dados em nuvem oferece segurança, mobilidade e rápida atualização da informação, pois os dados são armazenados em servidores seguros fora da empresa e geralmente atualizam os sistemas através da web.

É importante buscar parceiros que ofereçam boas e renomadas soluções para a hospedagem em nuvem. As plataformas SaaS, uma modalidade em que o sistema é contratado como um serviço prestado e que frequentemente disponibiliza o software via nuvem, oferecem ainda maior segurança por terem pessoas dedicadas a cuidar disso. Elas usam protocolos robustos e incluem recursos avançados, como mecanismos de autenticação, análise de comportamento de usuário, rotina de backup e detecção de ameaças, dentre outras medidas.  

3. A implantação da tecnologia é demorada e pode prejudicar o negócio em curto prazo 

Mito. A implantação de tecnologia digital como a de um ERP para gestão da fábrica, por exemplo, não precisa ser, necessariamente, demorada. A velocidade com que um ERP é implantado depende de vários fatores, como a complexidade do sistema, as necessidades específicas da empresa, a disponibilidade de recursos e a velocidade com que os usuários se adaptam à nova solução.

Sim, pode-se levar meses para realizar a implantação, como de 3 a 6 meses para os recursos essenciais, porém, a utilização é gradual, na medida em que as parametrizações vão sendo feitas e os benefícios no médio e longo prazo são inquestionáveis.  

Vale ressaltar que é possível usar o ERP na indústria mesmo que a implantação ainda não tenha sido concluída. As empresas podem usar o ERP para implementar recursos específicos, como controle de estoque, planejamento de produção e administração, enquanto as demais funcionalidades são adicionadas progressivamente, conforme o crescimento e necessidade do negócio. Sendo assim, o processo de implantação não é danoso à estrutura operacional das empresas – muito pelo contrário. 

Para finalizar, reforço que é natural – e saudável – que grandes transformações, como a digitalização na indústria, gerem opiniões divergentes e debates acerca do tema.

Nesse momento em que as empresas precisam se adaptar às novas tecnologias, é comum que isso possa gerar desconfiança ou alguma resistência por parte da equipe. Por isso, é preciso salientar que o processo de migração para o digital é benéfico e auxilia a fábrica na melhoria dos seus resultados e na expansão do mercado, uma vez já são uma realidade em todos os segmentos.


* Rafael Netto é CEO da Nomus, empresa especializada no desenvolvimento de sistemas para excelência na gestão de indústrias. Engenheiro de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).  

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