As máquinas e os equipamentos utilizados na indústria do plástico possuem um número grande de componentes e elementos que entram em movimento constante todos os dias. Como consequência, o atrito gerado inevitavelmente entre as peças costuma ser um dos grandes responsáveis pelo desgaste do maquinário.
Uma forma de atenuar estes efeitos é manter todos itens bem lubrificados. Mas você sabe como adotar um sistema de lubrificação ideal para a indústria do plástico e o que fazer para mantê-lo em dia? Confira, a seguir, algumas dicas especiais.
Lubrificação: um processo necessário e estratégico
A importância da lubrificação tem, inclusive, respaldo científico. O pesquisador Ernest Rabinowicz, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), concluiu que a degradação da superfície das peças, ou seja, o seu desgaste, responde por 70% das causas de parada de um equipamento. E na maioria dos casos, a lubrificação inadequada é a razão de desgastes prematuros em elementos de movimentação.
Lubrificar corretamente significa saber o tipo de lubrificante que precisa ser empregado, além da quantidade, do local e do momento mais adequado para a sua utilização. Não à toa, a coordenação e o controle desses fatores compõem o chamado “Planejamento da Lubrificação”, ação muito relevante na dinâmica de manutenção dos equipamentos. Afinal, a lubrificação preventiva é que permite à indústria assegurar a integridade de seus maquinários, reduzindo custos, sem comprometer a disponibilidade, segurança e confiabilidade do parque fabril.
Como adotar um sistema de lubrificação correto
De acordo com Eduardo de Carli, da Roleste, empresa representante da alemã Schaeffler – especialista em rolamentos e lubrificantes – , “a lubrificação exige entrega constante da equipe e atenção dos profissionais às etapas e aos pontos do procedimento. Para isso, o ideal é ter um sistema de lubrificação centralizado, que integre gestão técnica e humana, e seja capaz de fornecer ao gestor a visão da manutenção em tempo real, por meio de consultas, relatórios e indicadores”.
Assim, a tecnologia aparece como um recurso facilitador, que indica se a lubrificação foi realizada com o produto correto, no ponto certo, com a quantidade exata e na frequência adequada.
O “Planejamento de Lubrificação” aliado a treinamentos e à capacitação da equipe pode trazem resultados bastante satisfatórios, proporcionando à indústria mais disponibilidade operacional, menor consumo de energia com os motores elétricos e, também, menor produção de resíduos de lubrificantes.
Destacamos, a seguir, quatro etapas para construir um plano de lubrificação. Confira:
1. Levantamento das máquinas, dos equipamentos e dos pontos de lubrificação
Liste todas as máquinas e os equipamentos que farão parte do seu planejamento. Identifique os pontos a serem lubrificados, os lubrificantes adequados, as quantidades ideais e o intervalo entre uma lubrificação e outra.
2. Elaboração e programação das rotas de lubrificação
Elabore a rota de lubrificação levando em consideração dois pontos: o layout da máquina e também da empresa, além da função e da necessidade de cada maquinário. O programa “Planejamento de Lubrificação” deve indicar quando cada item do chão de fábrica estará disponível para a lubrificação.
3. Identificação dos lubrificantes e controle do “Planejamento de Lubrificação”
É preciso indicar os lubrificantes a serem utilizados em cada ponto, a fim de evitar problemas por conta de algum uso indevido. Além disso, é necessário fazer o controle do “Planejamento de Lubrificação”. Para tanto, o profissional precisa estar seguro em relação aos serviços executados, não executados e transferidos.
4. Adequação dos estoques
É preciso garantir o fornecimento contínuo do lubrificante na quantidade e no tempo certo para não prejudicar o maquinário nem a produtividade da empresa. Lembre-se de verificar, também, o ponto de reposição, evitando a falta dos insumos.
Para saber mais sobre o processo de lubrificação do maquinário na indústria do plástico, continue acompanhando o nosso canal de conteúdo. Até a próxima!