O aumento da competitividade e a dinamização de inúmeros setores nos últimos anos trouxeram a necessidade das empresas se tornarem mais eficientes. E uma boa maneira de responder a essa necessidade é com a automação dos processos produtivos, algo que pode ser perfeitamente aplicável à indústria de transformação de plástico.
A automação do processo de injeção, por exemplo, é uma iniciativa que pode trazer excelentes retornos. Palova Santos Balzer, coordenadora acadêmica na UniSociesc e coordenadora nacional da Rede de Transformados Plásticos do Sibratec, faz um alerta inicial: o investimento em maquinário e em mão de obra especializada para implantar e acompanhar os processos pode ser alto, dependendo do nível de complexidade dos processos. Ainda assim, o custo-benefício compensa muito.
Na avaliação da professora, a automação pode trazer vantagens como abrir oportunidade a sistematização dos processos e, consequentemente, a diminuição de erros. Em longo prazo, ela acrescenta, acarreta na redução de custos e na redução de trabalhos repetitivos e de baixo valor no dia a dia. Assim, a empresa poderá produzir mais com menos esforços, aumentando diretamente sua rentabilidade.
Para implementar a automação, porém, a especialista explica que cada empresa precisa entender sua própria dinâmica. “O maquinário necessário para a automatização de uma empresa que trabalha com a transformação de materiais plásticos por injeção dependerá do produto/setor em que trabalha”, destaca.
Considerando o processo de fabricação desde a entrada das matérias-primas até o encaminhamento do produto obtido para a expedição, são necessários equipamentos que alimentem as máquinas com as matérias-primas, sendo que deve ser conhecida a necessidade ou não da preparação delas. Esse processo passa, ainda, pela inclusão de insertos (se necessário), extração da peça e encaminhamento para acabamentos, controle de qualidade, embalagens e destino final.
“Para cada etapa, há equipamentos específicos como aquecedores, resfriadores, manipuladores, robôs, esteiras, empilhadeiras, veículos para transporte, equipamentos para leitura e sistemas de controle para armazenamento e expedição das peças”, orienta a professora. “Além disso, é necessário softwares para implantação e acompanhamento destas etapas e, pensando na manufatura avançada, para que cada etapa esteja interligada.”