A Manufatura Avançada (Indústria 4.0) une automação, robótica e tecnologias avançadas para transformar de forma abrangente toda a esfera da produção industrial. Com ela, as decisões no chão de fábrica passam a ser tomadas por máquinas de produção dotadas de sensores capazes de comunicar-se entre si, receber informações em tempo real, armazenar dados na nuvem, além de identificar e corrigir defeitos sem a intervenção humana.
Diante disso, não é difícil entender por que a aplicação do conceito cresce em escala global, inclusive no segmento de transformação de termoplásticos. Afinal, esse novo modelo produtivo representa um conjunto de inovações capaz de alavancar a eficiência das operações de forma consistente, ajudando as empresas na criação e manutenção de diferenciais competitivos importantes.
Para Helena Borges, engenheira de materiais da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e pós-graduada em Engenharia de Plásticos, “a Indústria 4.0 já se tornou realidade em grande parte dos segmentos, como automóveis, logística, operações off shore e, também, na indústria de plásticos, na qual ela está cada vez mais presente. Já existem, inclusive, máquinas injetoras com tecnologia de ponta e com amplos recursos em seus comandos, que contribuem para um maior controle sobre o processo produtivo”, assegura.
Além disso, os maquinários trazidos com a revolução 4.0, conforme explica a engenheira, “oferecem vantagens competitivas em relação à concorrência, embora seja preciso ter atenção, já que, por mais avançada que seja uma máquina, contar com profissionais capacitados para operá-las ainda é fundamental”, destaca.
Implantando a Manufatura Avançada na indústria do plástico
A implantação da Manufatura Avançada na indústria do plástico se dá pela digitalização e a sensorização das unidades fabris e dos itens produzidos, que são capazes de proporcionar algo que até então era impensável: a visualização em tempo real de toda uma operação remotamente, com dados de tudo o que está ocorrendo, incluindo perdas e paradas, com o apoio de diversas tecnologias, como o Big Data (que identifica falhas de processo e ajuda a otimizar a produção) e a realidade aumentada (que pode executar serviços e reparações).
Considerando que os processos produtivos do setor de transformação de termoplásticos - injeção, extrusão, Vacuum Form, sopro e afins -, são executados, normalmente, por diversas máquinas que atuam até a composição do produto final, o ideal é que cada uma delas trabalhe de forma virtualizada, de modo que sensores captem e enviem em tempo real dados do processo para servidores dedicados. Além disso, a logística, o estoque, a expedição e todos os outros setores determinantes para o funcionamento de uma empresa do setor pode ser virtualizado e integrado, atuando, assim, dentro do conceito 4.0
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