Uma das principais atividades econômicas do Brasil, o agronegócio também é um dos setores mais beneficiados pelo uso do plástico, que é capaz de proporcionar ganhos de produtividade, reduzir custos de produção e ter grande apelo sustentável.
Afinal, a variedade desse tipo de material, aliada aos constantes avanços da tecnologia, proporciona soluções para sistemas de cobertura, proteção, irrigação, transporte, armazenamento e muito mais.
Confira, a seguir, as 6 principais aplicações do plástico na agricultura nacional.
1. Proteção do cultivo ou do solo
Nesta etapa, o plástico está presente em estufas, túneis, mini túneis, coberturas em geral, mulching/cobertura morta, telados (sombreamento, antigranizo e antipássaros), cobertura de solo nas estufas, entre outros.
2. Irrigação e cultivo
Esta é fase na qual o plástico pode ser encontrado em tubos, estruturas para hidroponia, sacos para canteiros e substratos, sacos e bandejas para mudas e vasos.
3. Estocagem de grãos e palha
Na terceira fase, o plástico está presente nas silo-bolsas e filmes para ensilagem.
4. Acessórios para cultivo
Os plásticos também estão presentes nos grampos para estufas, tutores e cordas.
5. Embalagem primária de frutas e hortaliças
No campo das embalagens, o plástico está presente nos sacos, sacos de ráfia, cones, bandejas, malhas para rosas, entre outros.
6. Transporte
Na última etapa do processo, o plástico está na caixa hortifrutigranjeira e nos caixões para transporte de fruta na fazenda, por exemplo.
A importância do plástico na agricultura
A presença do plástico em todas as etapas mostra a sua grande importância para o setor. O plástico na agricultura permite tornar o cultivo, em especial de frutas, hortaliças e flores mais produtivo, com menor consumo de água, em um terreno menor e com menos defensivos agrícolas. Dentro desse contexto, destacam-se os cultivos protegidos.
“Eles permitem a produção em lugares nos quais o cultivo a céu aberto seria impossível, como locais particularmente frios no inverno, com escassez ou excesso de precipitações, ou com terreno infértil”, explica Paolo Prada, secretário do Comitê Brasileiro de Desenvolvimento e Aplicação de Plásticos na Agricultura (Cobala).
Apesar de seus aspectos positivos, este tipo de uso do plástico na agricultura é pouco difundido no Brasil. Estima-se que menos de 3% da área de cultivo de hortaliças seja ocupada por estufas no país. O Brasil ainda usa menos de 5% do seu consumo total de plástico na agricultura, enquanto países como Espanha, Itália, Israel e Japão, que começaram a utilizar a tecnologia mais cedo, já apresentam um consumo de 10%, segundo estudos.
“O maior obstáculo para uma expansão mais rápida do uso do plástico para cultivos protegidos é, sem dúvida, o investimento inicial, que é bem maior do que o demandado no caso do cultivo sem plástico. A dificuldade do agricultor familiar em obter financiamentos cria um obstáculo para o desenvolvimento do cultivo protegido. A pouca disponibilidade de seguros rurais adaptados ao cultivo protegido também torna a proteção do investimento mais difícil”, comenta.
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