Independentemente da função a qual a robótica na indústria do plástico esteja atrelada, a tecnologia tem apresentado muitas vantagens. Tendência em indústrias de atuações diversas, a robotização e a automação ganham cada vez mais espaço no segmento do plástico.
Além disso, também é grande a possibilidade de ganho com a sincronização de tarefas. Essas são ações que podem reduzir substancialmente os tempos de ciclos. Ou seja: quando se trata de Indústria 4.0, os robôs estão tonando-se itens básicos na parte produtiva. “Na parte da montagem final, por exemplo, em alguns processos o robô consegue executar as montagens mantendo a qualidade e os controles produtivos”, explica o CEO da Roboris Brasil, Guilherme Thiago de Souza.
Vantagens de utilizar sistemas robóticos e automação
Uma vantagem bastante significativa diz respeito à rotatividade. Isso porque utilizando-se dos robôs para o trabalho, diminui-se a necessidade de treinamento constante de novos funcionários para a mesma função. Isso é especialmente importante em indústrias que contam com altos índices de rotatividade de funcionários.
O aumento da produtividade, por exemplo, que é sem dúvida a grande vantagem, não se dá apenas pela habilidade do robô de executar processos repetitivos de forma ágil e sem erros. Além disso, mediante o uso da inteligência artificial, é possível também prever a parada das máquinas, de modo a não prejudicar o processo produtivo. Ou seja: evita-se gastos com reparos evitáveis.
Implementação e custos da robótica na indústria do plástico
Antes de investir, é preciso conhecer profundamente o processo a ser automatizado. Portanto, também é importante efetuar uma minuciosa análise de viabilidade e trabalhar de uma forma muito próxima da equipe da manutenção, trazendo o integrador para dentro da planta.
Sobre os valores, Souza esclarece que a implantação não é um dos processos mais onerosos. “O preço médio para inserir a robótica na indústria do plástico costuma ser de R$ 350 mil. Com esse valor, é possível automatizar um processo. Entretanto, se pegar processos complexos, esse custo deve ser mais elevado”, destaca.
O especialista complementa ainda que o retorno desse investimento costuma ocorrer em aproximadamente dois ou três anos. “A máquina já vem do fabricante com algumas interfaces preparadas, as quais reduzem os custos de engenharia”, comenta.
Investimento além da máquina
Fabiano Caio José, professor do Senai Mário Amato, ressalta que o investimento não se limita apenas ao custo da máquina. “É preciso também pensar na formação profissional, já que os trabalhadores devem saber como coordenar o trabalho do robô e fazer a adaptação das plantas ou de leiautes. Isso é o que garante a estabilidade de funcionamento do motor, custos de manutenção e de adaptação nos diferentes processos”, pontua.
Vale salientar que é possível que os pequenos empresários possam ter uma maior dificuldade do que a os grandes para realizarem esse investimento e a adaptação dos robôs em seu parque fabril. “Para o pequeno empresário que presta serviços de injeção, por exemplo, moldes de diferentes tipos de construção e concepção tornam-se obstáculos ao uso e à adequação de processos robotizados por certo grau de padronização”, explica o professor do Senai.